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As Pirâmides Coloridas de Pfister
A autora responsável pelo padronização brasileira, Dra. Anna Elisa de Villemor-Amaral resgata para os usuários de técnicas projetivas o teste de Pfister, introduzido no Brasil em 1966 pelo seu pai Fernando de Villemor-Amaral, conservando em grande parte seu conteúdo original, revisto e atualizado pela autora, acrescentando um capítulo sobre as evidências de validade do Pfister, por Ricardo Primi, outro sobre Psicodiagnóstico diferencial e psicopatologia de autoria de Lucila Moraes Cardoso e Renata Rocha Campo Franco, além de casos clínicos.
A tarefa do Pfister consiste em apresentar ao examinando a caixa com os quadrículos, que são despejados sobre uma mesa, e apresenta-se o cartão contendo o esquema da pirâmide e solicita-se que o sujeito cubra os espaços da pirâmide de forma que o mesmo construa uma que fique de seu gosto, usando livremente dos quadrículos coloridos disponíveis até que o mesmo a considere completa e bonita a seu gosto.
O aplicador registra todos os movimentos da colocação na folha de protocolo seguindo a codificação das cores e espaços previstos no protocolo. Outras duas pirâmides são apresentadas na sequência, com a mesma instrução para execução. Ao final o aplicador coloca as três a sua frente e solicite que o sujeito identifique a mais bonita, a segunda e a terceira.
Padronização / Normatização e Precisão
Apesar de estudos dos anos 60/70 já tenham demonstrado bons indicadores de validade e precisão este trabalho foi feito um estudo tanto com a população de não-pacientes quanto com a população de pacientes de seis grupos patológicos. O estudo com não-pacientes envolveu 111 indivíduos de ambos os sexos com níveis e escolaridade diversos e idades de 18 a 68 anos e um segundo grupo de não-pacientes universitários de diferentes cursos superiores, os estudos mostraram resultados muito significantes, sendo 86% de concordância para o aspecto formal, 92,4% para a fórmula cromática, resultados estes considerados altamente satisfatórios em termos da precisão de um teste.
A validade do Teste de Pfister foi analisada em um estudo do Prof. Ricardo Primi. A estratégia escolhida para se buscar a evidência de validade no Pfister foi por meio da validade de critério, especialmente a validade concorrente. A medida de critério foi o diagnóstico psicopatológico. Todos os pacientes do grupo de validação foram avaliados individualmente, por meio de uma entrevista estruturada, para verificar a presença de transtornos do Eixo-I.
O grupo clínico foi constituído por 15 alcoolistas, 20 esquizofrênicos, 19 depressivos, 15 pacientes com transtorno de pânico, 12 pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo, e 14 pacientes somatoformes. O grupo de não-pacientes foi composto de 111 pessoas que, na história pregressa nunca tiveram um episódio sintomático decorrente de transtorno mental.
Os estudos realizados mostram que o Pfister é bastante válido na identificação dos quadros de depressão, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno somatoforme e transtorno do pânico.
População: A partir dos 07 anos de idade.
Aplicação: Individual.
Tempo de aplicação: Em média 01 hora.
Contexto recomendado: Clínico, Organizacional e Trânsito
Padronização
Anna Elisa de Villemor-Amaral
Graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1981), com mestrado (1990) e doutorado (1996) em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM), tendo desenvolvido suas teses na área de Disturbios da Comunicação e da Avaliação Psicológica por meio de métodos projetivos, no contexto de saúde, atendimento hospitalare psicossomática. Fez pós-doutorado na Universidade da Savoia na França em 2003, trabalhando na perspectiva da Psicopatologia Fenômeno-estrutural. Psicóloga clínica com atuação em Psicanálise e Psicodiagnóstico. Foi membro do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise e fez diversos cursos de aperfeiçoamento em psicodiagnóstico. Atualmente é Professora Associada Doutora do Programa de Pós-Graduação Strico Sensu em Psicologia da Universidade São Francisco e líder do grupo de pesquisa Avaliação Psicológica em Saude Mental. É também professora da Faculdade de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Desenvolve pesquisas na área de Psicologia da saúde e psicopatologia com Métodos Projetivos, especialmente o Rorschach, Pfister e Zulliger, sendo Bolsista Produtividade CNPq. Presidiu a Associação Brasileira de Rorschach e Métodos Projetivos no período de 2002 a 2006 e hoje é membro de seu conselho consultivo. Foi coordenadora do GT de Métodos Projetivos da ANPEPP de 2008 a 2012. Membro da International Rorschach Society e da Society for Personality Assessment.